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O Abuso Espiritual cometido sobre a Religião


O imperador Constantino foi o grande articulador do abuso cometido sobre a religião. Transformou toda a doutrina de Jesus de Nazareth em uma fábula necessária para aproveitar o avanço do Cristianismo e transforma-lo em uma religião utilitária à Roma. Para manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a autoridade humana, as autoridades eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e escrituras. A mesma Bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas mas, também, um Deus forte, para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus e de Jesus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Vieram a determinar de trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias de Moisés, Elias, Isaías, etc., onde colocavam Jesus, não mais como Messias ou Cristo, mas maliciosamente o Jesus parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica (Hinduísmo). Disso tudo devia nascer uma religião forte como servia ao império romano. Vieram ainda a ser criados os mitos da Sagrada Família; de todos os Santos, mas as verdades do verdadeiro cânone do Novo Testamento, e as Sagradas Escrituras deviam ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e, muito mais, esta obra do Jesus verdadeiro.

Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos dominados por Roma; para assegurar-se nos domínios conquistados, onde dominava as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois ia se tornar "A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a ser sustentada pela força da espada, nominalmente remissiva, predicando o perdão, mas que na prática, derrotava os inimigos à força.

O imperador romano Constantino foi o articulador desta combinação. Depois do período apostólico, o cristianismo era uma presença desorganizada em Roma. Havia confrontações com os pagãos e perseguições à causa dos cristãos. Em 313, Constantino partilhava o governo com Licínio e encontrando-se em Milão, vieram discutir a situação e decidiram que os cristãos fossem livres de praticar a sua religião. Com este édito, eliminavam definitivamente as perseguições aos cristãos do império romano. Os perseguidos, para firmar a nova posição, transformaram-se em perseguidores dos pagãos e daí nasceram novas desordens, ao mesmo tempo em que a nova religião tornava-se uma nova moda. Vários líderes cristãos adotaram o método religioso da reunião, igual a dos pagãos, e começaram a surgir Igrejas, onde os devotos ricos iam e vinham entre os pobres, desfilando sedas e jóias, nos quais os bordados cristãos tinham substituído as figuras míticas pagãs. Mas também este cristianismo estava longe de ser uma força política segura.

Havia o perigo da Pérsia sassânida, que, antes uma nação fraca, tornava-se um estado em expansão feroz, que mais tarde conquistaria quase todo o Oriente romano. Havia o perigo das Heresias, os maníqueus, por exemplo, que com seus missionários e textos sagrados, estavam ganhando adeptos no Turquestão e na China. Havia dissensão política nos recantos mais distantes do reino, onde havia administradores que estavam deixando de ser leais com Roma. Havia inflação alta, que Constantino piorou. Havia os Judeus com seus livros religiosos. E havia ainda, os pagãos. Então não era da tolerância pregada pelo cristão que Constantino precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos. Para isso, Constantino devia adaptá-la, impondo-lhe a sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, sua política de conquistas de territórios e de acumulação de riquezas, e até mesmo, devia usar a sua língua, o latim, e sua capital, Roma, para serem o idioma e a sede da Igreja Católica Apostólica Romana, portadora da única religião que ele lhe devia providenciar. Não era nada disso, mas, na sua influência, veio a ser.

Já em 313, a mãe de Constantino, Helena, ardilosamente, tinha começado a infiltrar-se entre os cristãos e numa sua peregrinação ao Calvário, aos pés da colina, mexendo na terra com as mãos, fez o seu "milagre" pois reencontrava aí, os três pregos que teriam sido da crucificação de Jesus. Aos dias de hoje seria um milagre mesmo, porque nenhum prego resistiria tanto tempo à corrosão da terra e, também hoje, vem a provar-se que tais formas de pregações não eram usadas na época de Jesus, pois os pés eram pregados aos lados da barra e fixados a pregos nos calcanhares. Mas com uma mãe tão ardilosa, em maio de 325, em Nicéia, Constantino apresentou-se diante a uma corte de bispos nomeados por ele. Declarou-se bispo das coisas externas e declarou que na sua recente guerra (de traição) contra Licínio, havia realizado uma campanha contra o paganismo. Graças a estes feitios, daí em diante, devia ser visto como um líder, emissário da própria divindade; ao final era o Imperador.

Quando morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mão de Deus. Constantino, como vimos, tinha necessidade de uma religião que viesse ao seu caso, além de neutralizar a infiltração da lei do Amor no Estado que lhe enfraquecia o poder, e esta oportunidade a via no próprio cristianismo. Devia porém modificá-lo primeiro e, a tal propósito, decidiu, nesta, brandir contra os pagãos, os próprios heróis deles impondo aos cristãos novos valores. Na sexta feira Santa do mesmo ano, em Antióquia, dirigiu-se a uma congregação de bispos e teólogos cristãos, e lhe falou da profecia , da "verdade eterna do Cristianismo". Batizou a reunião como: "Assembléia dos Santos", e disse: "Meu desejo é derivar, 'mesmo de fonte externa', um testemunho da natureza divina do Cristo, pois diante de tal testemunho devia ser evidente que mesmo aqueles que blasfemavam Seu nome, deverão reconhecer que Ele é Deus e filho de Deus". Assim começou a história desta religião derivada de uma elástica interpretação da obra de Virgílio (poeta latino 70-19 a C.), de autoria grega, que muito mais tem a ver com as idéias de Constantino de que não com aquelas de Jesus, que aí ficava só como emprestando o Seu nome.

Tradicionalmente, as profecias eram consideradas infalíveis, quando serviam aos governantes; logo, era mais fácil mudar as circunstâncias históricas do que alterar as palavras da profecia. Constantino não alterou a História, nem as palavras proféticas da Sibila Eritréia, mas foi por-na no seu caso e omitiu só, que isto fazia parte da mitologia pagã. Mandou traduzir Virgílio para o grego, com licença poética elástica como lhe servia aos seus propósitos políticos. Constantino, auto nomeado bispo também leu trechos do poema traduzido para sua platéia e tudo o que lhe servia para montar a sua Bíblia estava lá, nas palavras antigas de Virgílio havia "a Virgem, o esperado Messias, os eleitos, o Espírito Santo, etc.". Constantino escolheu discretamente esquecer aqueles trechos em que Virgílio mencionava que isso se referia aos deuses pagãos, Apolo, Pã e Saturno. Personagens antigos que não podiam ser omitidos tornaram-se metáforas da vinda de Cristo. "Outra Helena outra guerra criará,/ E o grande Aquiles apressa o destino de Tróia", escrevera Virgílio. Isso, disse Constantino, era o Cristo "fazendo guerra contra Tróia, entendendo por Tróia o próprio mundo..."

Esta história é contada por completo no livro "UMA HISTÓRIA DA LEITURA", de Alberto Manguel, COMPANHIA DAS LETRAS -SP. 1997- (da páginas 228 a 237) da "LEITURA DO FUTURO" - Editora Schwarcz ltda. S.P.

E diz ainda este autor: "O edito de Milão oferecera liberdade de fé a todos os cidadãos romanos; o Concílio de Nicéia limitou essa liberdade só para aqueles que se reuniam em lugares determinados, e adotavam o credo de Constantino. Passados apenas doze anos, gente que ganhava em Milão, em 313, o direito público de ler ou praticar a crença que quisesse e como quisesse, agora, em 325, era informada, em Antióquia e Nicéia, de que somente uma leitura e uma crença era verdadeira, sob pena de punição legal. Estipular uma crença única e um texto religioso era necessário, segundo a concepção de Constantino de um império unânime. Mais original e menos compreensível é que a noção de uma única leitura ortodoxa para um texto secular como os poemas de Virgílio viesse a ser a Bíblia; que depois daquele tempo veio a ser conhecida como de São Nilo, feita de figuras, que eram inspiradas por conta dos oráculos falados, que da palavra escrita, da obra de Virgílio, passou a formar esta Bíblia desenhada."

Até o século IV, o prestígio atribuído a oráculos falados fora transferido para a palavra escrita, que se desenvolvia em forma de adivinhações das figuras conhecidas como "cleromancia dos evangelhos". E em 382 já havia uma pena de morte a proteção destas verdades, das sortes virgilianas.

No segundo Concílio de Constantinopla, definitivamente vinha a ser declarado herético o conceito da reencarnação, onde vinha a triunfar Constantino e seus significados proféticos cristãos, que de Virgílio vieram assumir um papel importante nesta mitologia, pois nasciam as bases latinas da Bíblia de São Gerônimo chamada de "Vulgata", pois todas as Bíblias posteriores são da Idade Média. No século V, o prestígio atribuído ao "oráculo falado" vem permitir a Constantino "guiar Dante, com Virgílio, pelo inferno e purgatório". E pelas alucinações deste visionário pagão, nasceu uma religião que abriu uma estrada larga, para conduzir muita gente para lá, que até os dias atuais continua abarrotada de gente.

Este é "o abuso espiritual que o homem cometeu na Itália sobre a religião", que eu, Luigi, fui chamado a corrigir e a Litáurica nasceu disso, para difundir esta correção pelo mundo afora. Foi uma blasfêmia do poder romano. Uma mistificação que se estendeu e influenciou o mundo todo, e vem representada hoje pelas suas conseqüências: muitos bilhões de Espíritos perdidos, que não foram e não serão aceitos no 'Céu', sendo adoradores de imagens e falsas divindades, seguidores de uma religião pagã desautorizada que, hoje estão vindo a conhecer que em se opondo diretamente ao Primeiro Mandamento, já são barrados na sua evolução e na dissociação da matéria agora encontrarão o Juízo, pois é tempo da Reforma Espiritual.

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